segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

PMS Acusados pela Morte de Juíza serão ouvidos

Os três policiais militares acusados de ter assassinado a juíza Patrícia Lourival Acioli vão prestar depoimento na tarde desta terça-feira (13) na Divisão de Homicídios da Polícia Civil. Agentes dessa delegacia também cumprem hoje mandados de busca e apreensão nas residências dos agentes e de familiares deles.
A prisão do tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes e dos cabos Sérgio Costa Júnior e Jefferson de Araújo Miranda foi decretada no domingo (11) pelo plantão judiciário de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Os três, no entanto, já estavam presos pela morte de um jovem de 18 anos, ocorrida em junho, no Complexo do Salgueiro, no município de São Gonçalo. O crime aconteceu durante uma incursão à comunidade feita pelo Grupo de Ações Táticas do 7º BPM (São Gonçalo), equipe que os suspeitos faziam parte.


Crime premeditado
Inicialmente, o crime que vitimou um rapaz teria sido registrado como auto de resistência (morte em confronto com a polícia). Entretanto, segundo testemunhas, tratou-se de um assassinato.
Dois integrantes do GAT já estavam presos pela morta. A juíza Patrícia decidiu incluir no processo toda a guarnição do grupo que esteve no local. Ao saberem dessa decisão, eles premeditaram o assassinato da magistrada.
“Eles achavam que executando a vítima poderiam evitar a decretação da prisão. O que eles não sabiam é que no mesmo dia 11 de agosto, antes do crime, a juíza já tinha decretado a prisão”, declarou o titular da DH, Felipe Ettore.
Armas apreendidas
Policiais civis da Divisão de Homicídios (DH) apreenderam na segunda-feira 695 pistolas e revólveres do 7º BPM (São Gonçalo), após determinação da secretaria estadual de Segurança. A polícia quer descobrir se alguma delas foi usada na morte da juíza Patrícia, atingida por 21 disparos.
As armas, de calibre 38 e 40, foram encaminhadas para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). Os peritos vão fazer um confronto balístico das pistolas e dos revólveres com os projéteis e cartuchos encontrados no local do assassinato e recolhidos do corpo da magistrada.
“O que nos interessa é a busca da verdade. Temos a obrigação de atuar e enfrentar um crime sério como este onde a Justiça é atingida. A resposta vai ser dada e já estamos muito bem encaminhados neste sentido”, ressaltou o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.
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