quinta-feira, 15 de março de 2012

FMI aprova ajuda de € 28 bilhões à Grécia

Na 4ª, zona do euro formalizou 2º resgate ao pais e liberou € 39,4 bilhões.Aprovação vem após ajuste de orçamento e reestruturação de dívida grega.

O Diretório Executivo do FMI aprovou, nesta quinta-feira (15), sua contribuição ao segundo pacote de resgate da Grécia, de € 28 bilhões.
De acordo com o fundo, os recursos serão formecidos ao longo de quatro anos. De imediato, foi liberado € 1,65 bilhão.
Na quarta, os países da zona do euro já haviam formalizado sua parcela do segundo resgate à Grécia, autorizandoo desembolso de um primeiro pacote de € 39,4 bilhões de euros, que será entregue em vários aportes.
Em comunicado, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, informou que todos os procedimentos nacionais e parlamentares foram finalizados.
Concretamente, os estados-membros da zona do euro autorizaram o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) a liberar o primeiro importe de € 39,4 bilhões.

Segundo pacote
O segundo resgate grego atinge 130 bilhões de euros e, após a bem-sucedida troca de bônus entre o governo grego e os credores privados, Atenas poderá reduzir sua dívida dos atuais 160% para 117% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, abaixo do percentual de 120,5% previsto inicialmente pelos parceiros internacionais.
Os cálculos são da troika, formada pela Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu.

Perdão de dívida
Pelo menos 85,8% dos credores privados da dívida da Grécia aceitaram o plano de reestruturação proposto pelo país, segundo Autoridade de Gestão da Dívida Pública (PDMA). A proposta do governo inclui o perdão de € 177 bilhões da dívida grega, por meio da troca dos títulos da dívida por outros de valor menor.
Na prática, os detentores privados de € 152 bilhões em dívida grega (85,8%) - dos € 177 bilhões do total - aceitaram o perdão de forma voluntária.  A eles se somam os possuidores do resto da dívida inscritos em leis diferentes da grega, que enviaram seu consentimento para proceder à reestruturação de seus títulos. Segundo os cálculos da PDMA, a soma destes dois tipos de bônus chegaria a € 197 bilhões, ou seja, 95,7% dos € 206 bilhões em dívida a reestruturar.

A reestruturação da dívida é vital para evitar que o país se declare em suspensão de pagamentos no dia 20 de março ante a impossibilidade de quitar € 14,4 bilhões em dívidas que vencem nessa data. Isso porque a aceitação do plano de reestruturação é mais uma das etapas necessárias para que a "troika" (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) desbloqueie a parcela de €

A reestruturação da dívida é vital para evitar que o país se declare em suspensão de pagamentos no dia 20 de março ante a impossibilidade de quitar € 14,4 bilhões em dívidas que vencem nessa data. Isso porque a aceitação do plano de reestruturação é mais uma das etapas necessárias para que a "troika" (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) desbloqueie a parcela de € 130 bilhões em ajuda.
O temor dos mercados é que um calote desordenado da Grécia causaria mais turbulência nos mercados globais, alimentando temores de que outros países da zona do euro, como Portugal e Irlanda, também caminhem para o default.
A Grécia advertiu que não aceitaria a operação a menos que ela contasse com uma participação mínima de 75% dos credores. Os bancos do mundo todo que possuem títulos da dívida grega tinham até as 17h (horário de Brasília) para participar voluntariamente da operação. Com a aprovação de pelo menos 75%, os demais credores poderão ser obrigados a aceitar o acordo.



IIF
O acordo de perdão da dívida em mãos do setor privado foi negociado em fevereiro pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF), entidade que representa os credores privados, com os ministros da zona do euro, junto com o acordo para redução dos gastos do governo grego.
Na véspera, o órgão, que representa as maiores instituições financeiras globais emitiu um comunicado assinado por 30 bancos, seguradoras e fundos de investimentos, declarando adesão à proposta grega.


 Fonte principal: Site G1.com
 (*) Com informações da Efe, France Presse e Reuters
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